Dos denunciados pelo Ministério Público,
Sueli é a mais cotada para perder mandato
Jos‚ Rabelo
Foto capa: Arquivo SD
O Ministério Público Eleitoral (MPE) iniciou o ano disposto a mostrar serviço. Desde a volta do recesso, na última sexta-feira (7), o procurador Paulo Roberto Bérenger já denunciou 12 parlamentares envolvidos em irregularidades nas eleições do ano passado. Na lista dos denunciados estão deputados estaduais e federais, um senador e até uma ministra. As denúncias vão de abuso de poder econômico à compra de votos. A deputada federal reeleita Sueli Vidigal (PDT) é a que responde às acusações mais graves e também é a mais cotada para perder o mandato.
Ela e o marido, o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), também estão sendo investigados pela “Operação Em Nome do Filho”, deflagrada em dezembro pela Polícia Federal. O casal Vidigal é suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, caixa 2 e coação de testemunhas. O chefe de Gabinete do prefeito e uma assessora da deputada permanecem presos acusados de envolvimento no esquema.
Ainda na sexta-feira (7), o procurador Bérenger pediu a cassação dos mandatos de quadro dos 12 acusados. As ações de impugnação, já protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), são contra os reeleitos à Câmara dos Deputados Lelo Coimbra (PMDB), Carlos Manato e Sueli Vidigal, ambos do PDT. O deputado estadual eleito Gildevan Fernandes (PV) é alvo do quarto pedido de impugnação do MPE.
Sueli tem contra ela um “caminhão” de denúncias que foram sendo colecionadas pela deputada durante toda a campanha eleitoral do ano passado. Às denúncias de abuso de poder econômico e uso da máquina pública da prefeitura da Serra se somaram as de lavagem de dinheiro, caixa 2 e coação de testemunhas, que continuam sendo investigadas pela PF. Dentre os envolvidos, sem dúvida, a deputada do PDT é a mais cotada para perder o mandato.
Contra o deputado preferido do ex-governador Paulo Hartung, pesa a acusação de que Lelo Coimbra teria oferecido uma quantia em dinheiro para um pastor “arrebanhar” votos de seus fiéis para ajudá-lo reeleição.
Gildevan e Manato respondem pelo mesmo crime: abuso de poder econômico e compra de votos. Os dois, a exemplo de nove em cada dez candidatos, se valeram do “manjado” esquema de abastecer o carro dos cabos eleitorais e simpatizantes em troca de propaganda e votos.
O abastecimento irregular de veículos é também a acusação que aparece nas denúncias protocoladas contra a maioria dos investigados. É o caso dos deputados eleitos Luciano Pereira (DEM), Sandro Locutor (PV), Luiz Durão (PDT), Solange Lube (PMDB), José Carlos Elias (PTB) e a deputada federal licenciada e atual ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes (PT).
O MPE acusa o senador reeleito Magno Malta (PR) de ter utilizado o espaço do projeto social de recuperação de dependentes químicos Horta da Vida, em Viana, como comitê eleitoral de campanha.
Já a deputada estadual reeleita Luzia Toledo (PMDB) é acusada de ter usado os celulares parlamentares na campanha.
Cassação
Como o desembargador do TRE Álvaro Bourguignon negou, no último dia 16 de dezembro, um dia antes da diplomação, o pedido de liminar do Ministério Público Eleitoral que exigia a cassação da diplomação da deputada federal reeleita Sueli Vidigal (PDT), o procurador Bérenger, na ação, pede que a deputada seja condenada à perda do mandato. Mesmo que o TRE acate a solicitação do MPE, a deputada será empossada normalmente no dia 1 de fevereiro.
A diplomação concedida por Bourguignon acabou dificultando o trabalho do MPE e favorecendo a deputada. À ocasião, o desembargador alegou que não havia elementos suficientes para a concessão do pedido de liminar apresentado pelo MPE. Na ação, considerada inconsistente pelo desembargador para justificar a cassação da diplomação, o procurador Bérenger acusa a deputada por abuso de poder econômico e político e captação ilícita de recursos durante a campanha.
Dos denunciados pelo Ministério Público,
ResponderExcluirSueli é a mais cotada para perder mandato
Jos‚ Rabelo
Foto capa: Arquivo SD
O Ministério Público Eleitoral (MPE) iniciou o ano disposto a mostrar serviço. Desde a volta do recesso, na última sexta-feira (7), o procurador Paulo Roberto Bérenger já denunciou 12 parlamentares envolvidos em irregularidades nas eleições do ano passado. Na lista dos denunciados estão deputados estaduais e federais, um senador e até uma ministra. As denúncias vão de abuso de poder econômico à compra de votos. A deputada federal reeleita Sueli Vidigal (PDT) é a que responde às acusações mais graves e também é a mais cotada para perder o mandato.
Ela e o marido, o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), também estão sendo investigados pela “Operação Em Nome do Filho”, deflagrada em dezembro pela Polícia Federal. O casal Vidigal é suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, caixa 2 e coação de testemunhas. O chefe de Gabinete do prefeito e uma assessora da deputada permanecem presos acusados de envolvimento no esquema.
Ainda na sexta-feira (7), o procurador Bérenger pediu a cassação dos mandatos de quadro dos 12 acusados. As ações de impugnação, já protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), são contra os reeleitos à Câmara dos Deputados Lelo Coimbra (PMDB), Carlos Manato e Sueli Vidigal, ambos do PDT. O deputado estadual eleito Gildevan Fernandes (PV) é alvo do quarto pedido de impugnação do MPE.
Sueli tem contra ela um “caminhão” de denúncias que foram sendo colecionadas pela deputada durante toda a campanha eleitoral do ano passado. Às denúncias de abuso de poder econômico e uso da máquina pública da prefeitura da Serra se somaram as de lavagem de dinheiro, caixa 2 e coação de testemunhas, que continuam sendo investigadas pela PF. Dentre os envolvidos, sem dúvida, a deputada do PDT é a mais cotada para perder o mandato.
Contra o deputado preferido do ex-governador Paulo Hartung, pesa a acusação de que Lelo Coimbra teria oferecido uma quantia em dinheiro para um pastor “arrebanhar” votos de seus fiéis para ajudá-lo reeleição.
Gildevan e Manato respondem pelo mesmo crime: abuso de poder econômico e compra de votos. Os dois, a exemplo de nove em cada dez candidatos, se valeram do “manjado” esquema de abastecer o carro dos cabos eleitorais e simpatizantes em troca de propaganda e votos.
O abastecimento irregular de veículos é também a acusação que aparece nas denúncias protocoladas contra a maioria dos investigados. É o caso dos deputados eleitos Luciano Pereira (DEM), Sandro Locutor (PV), Luiz Durão (PDT), Solange Lube (PMDB), José Carlos Elias (PTB) e a deputada federal licenciada e atual ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes (PT).
O MPE acusa o senador reeleito Magno Malta (PR) de ter utilizado o espaço do projeto social de recuperação de dependentes químicos Horta da Vida, em Viana, como comitê eleitoral de campanha.
Já a deputada estadual reeleita Luzia Toledo (PMDB) é acusada de ter usado os celulares parlamentares na campanha.
Cassação
Como o desembargador do TRE Álvaro Bourguignon negou, no último dia 16 de dezembro, um dia antes da diplomação, o pedido de liminar do Ministério Público Eleitoral que exigia a cassação da diplomação da deputada federal reeleita Sueli Vidigal (PDT), o procurador Bérenger, na ação, pede que a deputada seja condenada à perda do mandato. Mesmo que o TRE acate a solicitação do MPE, a deputada será empossada normalmente no dia 1 de fevereiro.
A diplomação concedida por Bourguignon acabou dificultando o trabalho do MPE e favorecendo a deputada. À ocasião, o desembargador alegou que não havia elementos suficientes para a concessão do pedido de liminar apresentado pelo MPE. Na ação, considerada inconsistente pelo desembargador para justificar a cassação da diplomação, o procurador Bérenger acusa a deputada por abuso de poder econômico e político e captação ilícita de recursos durante a campanha.