SERVIDOR DA ALES TRABALHA E CONFIA NA PALAVRA DO PRESIDENTE

Rodrigo Chamoun e Theodorico Ferraço
Hoje, dia 16/10/2010, ao ler o jornal A Gazeta encontrei uma belíssima entrevista com o Presidente da OAB Sr. Ophir Cavalcante. Ele fazia uma forte defesa do CNJ como órgão moralizador do Judiciário, para desespero dos “bandidos de toga” desse Poder. Sua metralhadora giratória acertou em cheia o Parlamento Brasileiro nas suas três instâncias. Dizia o sábio advogado líder de sua categoria:
“O Parlamento finge que funciona nos planos federal, estadual e municipal. Tudo depende do Executivo. O Parlamento só funciona para apreciar projetos de interesse do Executivo. Há medo de se legislar neste país. Há medo de exercer o mandato com independência. Todos estão preocupados em agradar a caneta do Executivo e dela se valem. Isso tem que mudar. A sociedade precisa reagir”. Concluiu.
Essa fala me remeteu à novela da dívida da Assembleia Legislativa com seus servidores. Essa fragilidade do Legislativo foi verificada recentemente quando o Presidente Rodrigo Chamoun (PSB) foi pedir orientação à Procuradoria Geral do Estado, se pode ou não pagar essa dívida. A reação dos servidores foi imediata “se nós temos uma Procuradoria porque ele foi se submeter ao Executivo?”. A imagem do Presidente começou a se desfigurar, ou pior ainda, se decompor num Presidente, frágil, submisso, frio, distante, desarticulado, que renuncia sua fatia constitucional e depois fica numa situação ridícula de pires na mão. Em matérias anteriores isso foi mostrado com ênfase. Provavelmente isso levou Rodrigo Chamoun(PSB) a um tratamento de imagem forçado. Ele iniciou uma maratona interna de sala em sala de setor em setor. Ele não quis nos dar uma entrevista, sua assessoria de imprensa nos informou que:
“Conforme solicitado, a Ales informa que o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Rodrigo Chamoun, realizou durante dois dias de agenda interna em todos os setores da Ales e com todos os servidores, com o objetivo de integração entre os funcionários e a Mesa Diretora. Na ocasião, foram abordados diversos temas e muitos servidores deram sugestões sobre assuntos da Casa”.
Esse fato histórico nunca visto antes no Estado foi uma experiência inesquecível. O presidente descobriu que a Casa tem servidores altamente capacitados antes ignorados. Os leitores do Jornal Folha Serrana se lembram quando Chamoun ignorou Rose Duarte num evento sobre comunicação pública. Detalhe Rose foi a mulher que implantou com sucesso a TV Assembléia, além de revolucionar a comunicação da ALES. Desta vez ele ignorou toda a Procuradoria e foi buscar “quem sabe o que faz” no Governo Casagrande do PSB.
Mas o jovem deputado de Guarapari quer mudar essa imagem. Parece eficiente sua estratégia de se unir aos servidores para enfrentar o “Núcleo Duro” da Assembleia. Pequeno grupo liderado pelo deputado que foi o representante máximo do regime de 64 aqui no Estado, agora no fim de sua carreira política. É um grupo que sempre gostou muito de polícia, tanto é verdade que superlotou a Casa de policiais militares quando ocupou a Presidência. A Assembleia Legislativo do Espírito Santo é o metro quadrado mais seguro do Estado, com policiais até de alta patente. Sexta passada eles estavam aos montes como abelhas nervosas de armas brilhantes prontos para pegar algum servidor mais exaltado. Certamente essa estratégia foi de risco, dado ao ódio de alguns servidores à beira da miséria, sem plano de saúde, que a Casa não tem, endividados, desmotivados e tristes. Tem servidores morrendo sem receber a dívida e sexta passada morreu mais um. Um motivo para tirar os policiais da toca dos gabinetes dos deputados do “Núcleo Duro” para a segurança pessoal do Presidente, sem contar os seguranças civis da Assembleia.
O discurso de Rodrigo Chamoun (PSB) foi mudando a cada reunião. Na reunião com o DLDI o servidor Gildo Gomes, irmão do delegado Gilson Gomes, questionou a renúncia da fatia constitucional do orçamento estadual, para custear os caríssimos deputados e suas mordomias, além da pequena parte para pagar servidores. Com toda humildade Gildo disse que os servidores aceitam receber ao logo prazo. Isso certamente para não prejudicar os “gulosos” deputados e suas demandas cada vez maiores. Como exemplo, gabinete externo para acomodar cabos eleitorais em seus redutos políticos. Haja gastos de dinheiro público!
Ao final dessa maratona nos corredores internos da Casa encontramos vários servidores sorridentes e confiantes no trabalho de Rodrigo Chamoun (PSB), em convencer o “núcleo duro” a pagar a dívida. Como disse o servidor Vagner especializado em orçamento público. “Esse presidente parece que vai honrar o lema da bandeira do Espírito Santo que é Trabalha e Confia. Eu tive uma revelação de Deus que dia 18/10/2011 ele vai anunciar o início do pagamento dessa dívida. Tomara que seja um presente divino para o dia 28/11/2011, quando se comemora o Dia do Servidor”. Confidenciou.
Amanhã teremos muitas novidades, pois o sindicato dos servidores vai aumentar a pressão para amolecer o “núcleo duro” que ainda domina a Assembleia Legislativa. Vamos falar sobre as Comissões que podem tentar emperrar o pagamento dessa antiga dívida, que nem o PT pagou quando ocupou a Presidência da Casa.
Fonte: José Vieira MTB 1820/ES
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