
''A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.'' Friedrich Nietzsche ESPAÇO PARA TOMAR POSICIONAMENTO E CONSTRUIR OUTROS OLHARES.MARKETING POLÍTICO, OBSERVADOR DOS FENÔMENOS SOCIAIS E PESQUISADOR DO INSTITUTO AMOSTRAS E CIENTISTA POLÍTICO. ''SONHOS SÃO AS RELIGIÕES DOS QUE DORMEM. RELIGIÕES SÃO OS SONHOS DOS QUE ESTÃO ACORDADOS....'' RUBENS ALVES .
PENSAMENTOS AVULSOS
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
RIOCENTRO OLHADO EM 2014 PELA GLOBO.PARTE II EM 19/02/14
Bombas no Riocentro, Para não esquecer
Vimos que no caso Parasar se planejaram ações criminosas cuja execução previa atentados a bomba e outras práticas terroristas que "propiciariam um clima de pânico e histeria coletiva", consoante as palavras do Brigadeiro Eduardo Gomes. Assim, toda vez que se fala no plano macabro de Bumier há que se lembrar da bomba explodida no Riocentro, ampla área de estacionamento na Tijuca, no Rio. A explosão ocorreu dentro de um automóvel puma, na noite de 30 de abril de 1981, com a bomba no colo do Sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário, cuja morte foi instantânea. Ao lado do sargento, no volante, estava o Capitão Wilson Luiz Chaves Machado, o qual, ato contínuo, sai do Puma segurando vísceras à altura do estômago.
Atentado do Riocentro é o nome pelo qual ficou conhecido um frustrado ataque a bomba que seria perpetrado no Pavilhão Riocentro, no Rio de Janeiro, na noite de 30 de abril de 1981, por volta das 21 horas, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia do Trabalhador, durante o período da ditadura militar no Brasil.
Primeira página do JB com a notícia do Atentado!
Pequena nota escrita no JB.
Enterro do SGT Guilherme Pereira do Rosário que trazia a bomba no colo e foi vítima da sua própria invenção.
As bombas seriam plantadas pelo sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado, hoje coronel, atuando como educador no Colégio Militar de Brasília. Por volta das 21h00min, com o evento já em andamento, uma das bombas explodiu dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do Riocentro. O artefato, que seria instalado no edifício, explodiu antes da hora, matando o sargento e ferindo gravemente o capitão Machado.
Na ocasião o governo culpou radicais da esquerda pelo atentado. Essa hipótese já não tinha sustentação na época e atualmente já se comprovou, inclusive por confissão, que o atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente do CIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.
Uma segunda explosão ocorreu a alguns quilômetros de distância, na miniestação elétrica responsável pelo fornecimento de energia do Riocentro. A bomba foi jogada por cima do muro da miniestação, mas explodiu em seu pátio e a eletricidade do pavilhão não chegou a ser interrompida.
Esse episódio é um dos que marcam a decadência do regime militar no Brasil, que daria lugar dali a quatro anos ao restabelecimento da democracia.
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