UMA VIDA DE LUTA PELA LIBERDADE, É ASSIM PERLY CIPRIANO

UMA VIDA DE LUTA PELA LIBERDADE, É ASSIM PERLY CIPRIANO
COMPROMISSO COM A VERDADE E LUTA PELA JUSTIÇA

quinta-feira, 24 de abril de 2014

PROFESSORES CHEGANDO NO TJESPII 23/04/2014SINDIUPES

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Juntos Somos Fortes

SUBSECRETÁRIO PERLY CIPRIANO

SUBSECRETÁRIO PERLY CIPRIANO
A VOZ NA LUTA DOS DIREITOS HUMANOS

Marx e Nietzsche diante da modernidade capitalista Posted: 05/03/2011 by Revista Espaço Acadêmico in

Marx e Nietzsche diante da modernidade capitalista Posted: 05/03/2011 by Revista Espaço Acadêmico in colaborador(a) 4 por AUGUSTO BUONICORE* Nos marcos da onda pós-moderna que varreu o mundo durante as décadas de 1980 e 1990, houve uma tentativa revalorização do pensamento de Nietzsche e, inclusive, de aproximá-lo de Marx. Qual a razão disso? Segundo Marshall Berman, ambos estariam envolvidos na “mesma tentativa de expressar e de agarrar um mundo o qual tudo está impregnado de seu contrário”. E mais: eles estariam preocupados na construção de uma “nova espécie de homem (…) que, colocando-se em oposição ao seu hoje, teria a coragem e a imaginação de ‘criar novos valores’”. Para ele, Marx e Nietzsche, teriam sido “simultaneamente entusiastas e inimigos da vida moderna”. Neste sentido, contrapunham-se a maioria dos autores atuais, que possuem uma visão unilateral da modernidade, pois caminhariam para polarizações rígidas e anti-dialéticas na qual a modernidade “ou é vista com um entusiasmo cego, acrítico, ou é condenada (…), sempre concebida como um monólito fechado, que não poderia ser moldado ou transformado pelo homem moderno”. De fato, os dois autores alemães captaram a crise que impregnava a sociedade capitalista moderna e se colocaram contra ela; mas, indubitavelmente, olhavam esta sociedade em crise de maneira muito diferente. Marx foi um crítico feroz do capitalismo, advogando o fim da exploração do trabalho, a destruição do Estado burguês e sua substituição pelo chamado Estado-Comuna. A perspectiva marxista, portanto, era assentada num democratismo radical-popular, no qual as massas tinham um papel central e positivo na história. Nietzsche, pelo contrário, era fortemente marcado por um ódio aristocrático às classes populares e ao socialismo, inclusive nas suas formas mais amenas. A sua crítica ao capitalismo era essencialmente conservadora e reacionária. Concentrava seus ataques ao liberal-democratismo que permitiria, ainda que de maneira limitada, a participação política de setores despossuídos. Na sua obra clássica Para além do Bem e do Mal, afirmou: o movimento democrático era “uma forma de degradação da organização política”, equivalente à “degradação e apequenamento do próprio homem”. Nietzsche, também, não mostrou nenhuma simpatia por aqueles que chamava “cães anarquistas”, que vagueavam “nos becos da civilização”, nem pelos “fanáticos de irmandades que se denominam socialistas” e almejavam construir uma “sociedade livre”. Expressou, por diversas vezes, sua repugnância pela “instintiva hostilidade” dos socialistas “contra toda forma de sociedade que não a do rebanho autônomo (chegando até à própria rejeição dos conceitos ‘senhor’ e ‘servo’ – ni dieu ni maître, diz uma fórmula socialista)”. Repugnava particularmente a irritante resistência à “todo direito particular e privilégios”. Nietzsche se arremeteu furiosamente contra este “novo homem” emancipado, proposto pelos socialistas. Afirmou ele: “A degeneração geral do homem, até chegar àquilo que hoje aparece aos broncos e cabeças rasas do socialismo como seu ‘homem do futuro’, como seu ideal! – essa degeneração e apequenamento do homem em completo animal-rebanho (ou, como eles dizem, em homens da ‘sociedade livre’), esta animalização do homem em animal anão dos direitos e pretensões iguais, é possível, não há dúvida nenhuma! Quem pensou uma vez nesta possibilidade até o fim, conhece um nojo a mais do que os outros homens.” Ele era um dos que, compreendendo o perigo que o socialismo representava, compartilhava desse nojo aristocrático contra a plebe e seus porta-vozes. O “homem do futuro” de Nietzsche era de outra natureza. A sua essência seria “guerreira”. Ele estaria, a todo momento, “pronto a sacrificar à sua causa seres humanos”, pois seus “instintos viris se alegrariam com a guerra e a vitória”. E concluiu: este “homem do futuro” renegaria “a desprezível espécie de bem-estar com que sonham merceeiros, cristãos, vacas, mulheres, ingleses e outros democratas”. Nietzsche sonhava com a chegada deste “homem do futuro”, o “homem redentor”, que nos redimiria “do grande nojo” igualitário. Não foi por acaso que a irmã deste autor, Elisabeth, confundiria o super-homem nietzschiano com Adolf Hitler, o Führer do terceiro Reich. A maior crítica que dirigiu aos governantes e à sociedade alemã de seu tempo foi quanto à sua incapacidade de impedir a barbárie que viria com a vitória da democracia e o ascenso do movimento operário-socialista. Afirmou: “Ninguém hoje tem mais coragem de ter direitos particulares, de ter direito de domínio (…). Nossa política está doente dessa falta de coragem! – O aristocratismo dos sentimentos foi solapado da maneira mais subterrânea pela mentira da igualdade das almas”. Aqui está, portanto, o radicalismo anti-moderno do pensamento de Nietzsche. O nosso autor fez, então, uma interessante analogia entre os primeiros cristãos e os movimentos contestatórios contemporâneos, anarquistas e socialistas. Esta mesma operação seria feita por Karl Kautsky e Rosa de Luxemburgo, dois importantes membros da social-democracia alemã, mas com um conteúdo e objetivos completamente diferentes. Afirmou Nietzsche: “Pode-se estabelecer entre cristãos e anarquistas uma perfeita equação: sua finalidade, seu instinto, visa somente a destruição (…). O cristianismo foi o vampiro do Império Romano (…). Esta organização (o Império) era firme o bastante para suportar maus césares (…) (mas) não era firme o bastante contra a mais corrupta espécie de corrupção: os cristãos (…). Este bando covarde, feminino açucarado, que passo a passo afastou as ‘almas’ desse descomunal edifício (…). Todo espírito respeitável no império romano era epicurista: então apareceu Paulo (…) contra Roma, contra o “mundo”, o judeu, o judeu eterno par excellence (…). Ele compreendeu como, com o auxílio do pequeno e sectário movimento cristão (…) se pode ascender um ‘incêndio do mundo’; como, com o símbolo ‘Deus na cruz’, se pode somar tudo o que está por baixo, tudo o que é secretamente sedicioso, a inteira herança de agitação anarquista dentro do império, em uma potência descomunal”. O cristianismo e o socialismo eram os símbolos da decadência imperial antiga e moderna. O que os socialistas viam de positivo na ideologia e na prática igualitaristas, niveladoras, dos primeiros cristãos, Nietzsche via degenerescência e corrupção. Por isto mesmo o seu nojo se estendeu até estas antigas comunidades cristãs. Nietzsche nunca escondeu sua ideia sobre a necessidade de manutenção da divisão da sociedade em classes sociais como condição sine qua non para manutenção e desenvolvimento da moderna civilização ocidental. Afinal, como ele mesmo disse, “uma cultura superior só pode surgir onde existam duas castas distintas no seio da sociedade: a dos trabalhadores e a dos ociosos (…) ou para dizê-lo com palavras mais fortes, a casta do trabalho forçado e a do trabalho livre”. Os antigos filósofos gregos já haviam difundido esta tese, que se tornou “pedra de toque” de todo pensamento conservador posterior. Por fim, uma breve nota sobre o anti-semitismo nietzschiano. É verdade que, em alguns momentos, ele se levantou contra os exageros das posições anti-semitas de alguns de seus diletos amigos alemães. No entanto, nunca procurou esconder suas posições preconceituosas contra os judeus, que o incluem no campo dos teóricos anti-semitas. “Que a Alemanha, afirmou ele, tem judeus mais do que o bastante, que o estômago alemão, o sangue alemão tem dificuldade (e ainda por muito tempo terá dificuldade) para dar conta desse quantum de ‘judeu’ (…) tal é o (…) instinto geral, ao qual é preciso dar ouvidos e pelo qual é preciso agir”. Isto o levaria a conclamar aos alemães: “’Não deixem entrar novos judeus!’ – em especial do Oriente. ‘Aferrolhem os portões!’ – assim ordena o instinto de um povo cuja espécie ainda fraca e indeterminada, de modo que poderia facilmente (…) ser extinta por uma raça mais forte”. E conclui: “um pensador, que tem na consciência o futuro da Europa, contará, em todos os projetos que faz sobre esse futuro, com os judeus assim como com os russos, como os fatores que, de imediato, se apresentam como os mais seguros e prováveis no grande jogo e combate de forças”. Premonitoriamente Nietzsche previu os “grandes combates de forças” que se travariam mais tarde entre o império nazista dirigido por Hitler. Neste confronto de titãs, duas perspectivas de humanidade se chocaram. Uma, representada pelo nazismo, advogava a superioridade de alguns poucos escolhidos e a renascimento de um mundo de senhores e escravos. Outra, representada pelos comunistas, que apontava a conquista de uma verdadeira igualdade entre os homens como ponto de partida de uma humanidade emancipada. Marx e Nietsche não estiveram completamente ausentes nestes dias tormentosos da II Grande Guerra Mundial. Decerto, seria incorreto traçar uma linha reta, sem mediações, entre Para Além do Bem e do Mal e Auschewitz ou entre o conceito “vontade de poder” e a política de extermínio dos nazistas. Mas, sem dúvida, suas ideias faziam parte de um amplo movimento intelectual reacionário e irracionalista que se expandiu pela Europa no pós-1848, como resposta teórica e política à ascensão do movimento democrático, operário e socialista. Elas ajudariam a assentar as bases para a construção de uma forte ideologia militarista e imperialista na Europa, especialmente na Alemanha. As perspectivas de Marx e Nietzsche são completamente diferentes. Mais do que diferentes, são antagônicas e, portanto, não podem ser conciliadas. O ecletismo teórico, a tentativa de fusão entre dois pensadores tão distantes entre si, só pode ser explicado pela quadra histórica em que viveram estes intelectuais pós-modernos. Espremidos entre a radicalidade do pensamento crítico dos agitados anos 1960, que se esvaziava, e o pessimismo crônico que ganhava corpo com o início da crise das experiências socialistas (e social-democratas) e a ofensiva liberal-conservadora, no final da década de 1970. Ou seja, este ecletismo teórico era um dos reflexos superestruturais de um tempo sombrio. Condições que só começaria a se alterar nos últimos anos do século passado. Referências BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido se desmancha no ar, Ed. Companhia das Letras. LUKÁCS, Georg. Ela salto a la razón, Ed. Grijaldo MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto do Partido Comunista, NIETZSCHE, Os pensadores, volume I e II, Ed. Nova Cultural. * AUGUSTO CÉSAR BUONICORE é historiador; mestre em ciência política pela Unicamp; secretário-geral da Fundação Maurício Grabóis; membro do conselho editorial das revistas Princípios e Crítica Marxista e do Comitê Central do PCdoB.

EMOÇÕES TÓXICAS

emoções
tóxicas
Bernardo S tamat eaS
Como Se livrar doS
SentimentoS que
fazem mal a voCê
tradução de
marCelo BarBão
rio de janeiro
2010
Sumário
Querido leitor
Capítulo 1 - A ansiedade tóxica
Capítulo 2 - A angústia tóxica
Capítulo 3 - A insatisfação crônica é tóxica
Capítulo 4 - O apego tóxico
Capítulo 5 - A irritação tóxica
Capítulo 6 - A inveja tóxica
Capítulo 7 - Os medos tóxicos
Capítulo 8 - A vergonha tóxica
Capítulo 9 - A depressão tóxica
Capítulo 10 - A frustração tóxica
Capítulo 11 - A dor tóxica
Capítulo 12 - O choro tóxico
Capítulo 13 - As culpas tóxicas
Capítulo 14 - A rejeição tóxica
Capítulo 15 - O ciúme tóxico
Bibliografia
Notas
7
11
23
35
48
61
76
86
102
114
132
147
166
176
186
195
207
209
Capítulo 1
A ansiedade tóxica
Libere-se da ansiedade, pense que o que deve ser, será,
e acontecerá naturalmente.
Facundo Cabral
A ansiedade é a emoção que aparece quando você sente que se aproxima
uma ameaça, quando visualiza o futuro de maneira negativa e, em
consequência, tenta se preparar para enfrentá-lo.
A ansiedade se apoderará primeiro de nossa mente e depois do
nosso corpo. Por exemplo, antes de um exame, começamos a ficar
inquietos, e depois aparecem as famosas dores de cabeça, o mal-estar no
estômago, o suor etc.
A ansiedade como reação normal nos permite enfrentar uma
pressão externa e se apresenta acompanhada por aqueles temores que
todos temos e que nos preservam frente a uma ameaça ou um perigo.
Por exemplo, se uma prova se aproxima, a ansiedade pode nos colocar
em alerta para nos prepararmos melhor (e estudar).
12 A ans iedade tóx ica
Mas o que acontece conosco quando passamos de viver um
momento de ansiedade a vivermos ansiosos? Alguém excessivamente
ansioso vê cada situação nova, cada mudança, cada desafio que precisa
viver como uma tortura, e experimenta um grande sofrimento interior.
A ansiedade crônica é tóxica. O problema aparece quando a
ansiedade se converte em temor excessivo e irracional de situações que
enfrentamos diariamente. Então, isso passa a ser uma emoção tóxica.
Essa emoção pode levar ao desânimo, à tristeza e até à depressão
ou, em outro extremo, a viver completamente acelerado. Em qualquer
um dos casos, a expectativa será que as outras pessoas sigam esse ritmo,
o que gera, por sua vez, problemas interpessoais.
1. Em que estou pensando?
Faça a seguinte autoavaliação. Pense em quantas vezes experimentou
medo, angústia e preocupação perante uma situação de tensão
no trabalho, uma viagem ou um exame. Conhece essa sensação? A
ansiedade é um estado emocional tóxico que faz com que uma pessoa
se sinta inquieta ou temerosa.
Quando se espera algo com muita ansiedade, é fácil desanimar
e sentir que nada tem sentido ou vale a pena. Com essa emoção à
flor da pele, custará muito mais chegar às metas que propusermos.
A ansiedade não só nos impede de experimentar emoções positivas,
como alegria ou amor, como também não permite que desfrutemos
a vida ao máximo.
Se você já se vê identificado com tudo isso, vamos ao passo
seguinte. Agora o importante é poder descobrir onde começa essa
ansiedade negativa para que, com essa descoberta, possamos superá-la e
assumir o que tivermos de passar da melhor forma possível e da maneira
menos tóxica.
A princípio, descobriremos que tudo começa na mente. Alguma
vez você prestou atenção em seus pensamentos? Se nunca o fez, tire um
tempo para ver em que está pensando e o que “dá voltas em sua cabeça”
C a p í t u l o 1 13
a maior parte do tempo. Ali está a chave da ansiedade: em seus pensamentos,
naqueles pensamentos que seu cérebro, de maneira errada, interpreta como
reais. E ainda que sua razão saiba que não são verdadeiros, você acredita
neles em nível emocional, ou seja, sente que são reais.
Se seu cérebro acredita que vai acontecer algo ruim, começará
a enviar sintomas de ansiedade. Existe um provérbio anônimo que diz:
“Você não pode evitar que os pássaros da preocupação e da inquietude
voem sobre sua cabeça. Mas pode impedir que façam um ninho em seu
cabelo.” Não se contamine com tudo aquilo que não serve, aprenda a
descartar de sua mente tudo que intoxica suas emoções.
2. Por que dizem que sou ansioso?
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência...
Não entre em pânico. A ansiedade é uma emoção tóxica muito
comum nestes dias. Basta repassar sua atividade cotidiana, seja
na universidade, em casa ou no trabalho, quantas pessoas você viu
roendo as unhas desesperadamente ou fazendo uma “boquinha”
mesmo sem ter fome? Se eu perguntar se você conhece alguém
que tenha grandes coceiras em diferentes partes do corpo sem ter
supostamente uma causa clara, tenho certeza de que se lembraria de
vários casos. E a lista continua...
Quantas pessoas gaguejam mesmo em momentos nos quais
parece que está tudo sob controle e em calma? Alguns perdem o
cabelo, outros sofrem de prisão de ventre e outros de sintomas contrários;
algumas pessoas têm febre, outras suam e algumas ficam com
a boca seca.
Muitas vezes dizemos eu estou tranquilo e, na verdade, essa tranquilidade
é aparente, já que todos esses sintomas, quando não têm uma
causa física ou orgânica, são um claro chamado de atenção que muito
provavelmente está indicando a presença da ansiedade.
14 A ans iedade tóx ica
Quando você é uma pessoa muito ansiosa, não só sua mente e
suas emoções ficam afetadas, mas também seu corpo. Talvez estejam
girando em sua cabeça decisões que precisa tomar, escolhas que precisa
fazer, palavras que terá de dizer ou talvez tenha decidido não falar e
esperar. Talvez esteja fugindo de situações ou de pessoas que, na verdade,
sabe que precisa enfrentar. Nosso corpo tem consciência de tudo isso,
ainda que tentemos negar ou queiramos ocultar a verdade.
Quando estamos muito ansiosos, procuramos por todos os meios
acalmar essa emoção tóxica e recorremos a coisas como comida ou
trabalho em excesso ou, o que é pior, à automedicação.
Quando soa o alarme?
Vejamos alguns dos sintomas mais comuns da ansiedade:
• medo ou temor
• insegurança
• preocupação
• apreensão
• problemas de concentração
• dificuldade para tomar decisões
• insônia
• sensação de perda de controle da própria vida ou do meio
que o rodeia
• hiperatividade
• perda de interesse
• movimentos bruscos
• gagueira
• tiques nervosos
Com o tempo, se a ansiedade não for tratada de maneira adequada, pode
afetar seriamente a saúde e levar ao que se conhece como transtornos
de ansiedade. Tais transtornos incluem pânico, obsessão-compulsiva e
diferentes tipos de fobias.
C a p í t u l o 1 15
Alarme duplo!
Vejamos alguns dos sintomas mais graves:
• palpitações
• pressão arterial alta
• opressão no peito
• sensação de falta de ar
• náuseas
• problemas digestivos
• diarreia
• tensão muscular
• dor de cabeça
• fadiga
• suor excessivo
• impotência
• ejaculação precoce
Charles Spurgeon, um reconhecido pastor batista, dizia: “A
ansiedade não esgota as angústias do amanhã; só esgota as forças de
hoje.” Pensar continuamente no futuro, preocupar-se e desenvolver
uma imaginação excessiva a respeito do que pode vir a acontecer — e
que, em geral, nunca acontece —, tentar se antecipar, ao amanhã, é
realmente cansativo. Nossa mente precisa de descanso; vamos dar-lhe
um pouco de paz. E você vai ver que, quando conseguir relaxar, tudo
aquilo que inspirava uma ansiedade ilimitada em você, voltará a estar
sob seu controle.
3. Ansiedade-Estresse. Estamos falando da mesma coisa?
Todos precisamos de um pouco de pressão em nossa vida e isso
não tem nada de tóxico. Assim como as cordas do violino, para soarem
afinadas, devem estar tensas — porque frouxas demais não soariam e
16 A ans iedade tóx ica
esticadas demais se quebrariam — o ser humano precisa também de
uma tensão básica.
Porém, quando a pressão ou os estímulos recebidos são muitos e
todos juntos ou poucos, mas por um longo tempo — ou uma combinação
de ambos —, um desequilíbrio é produzido e surge o estresse.
Ser obrigado a fazer um teste ou assumir a responsabilidade
da família, depois da morte de um ente querido, ou até viver anos
junto a uma pessoa que não fala conosco, tudo pode ser um estímulo
estressante. Isso vai depender então do tempo e da intensidade com
que é vivido.
Viver um momento estressante não é a mesma coisa que viver estressado.
Um momento de estresse é normal, inesperado e gerado pelo ambiente
externo, enquanto que viver estressado
é tóxico, procurado e gerado
por nós mesmos porque se tornou
um hábito e “não sabemos” viver
de outra maneira.
O estresse surge quando há
demandas externas em excesso e
seu organismo não consegue enfrentá-las. É uma tensão, uma pressão
física e mental que rompe o equilíbrio.
Um estudo realizado durante dez anos nos Estados Unidos
com pessoas que não conseguiam controlar seu estresse emocional
deu como resultado que a pessoa estressada tem uma probabilidade
40% maior de morrer. Só na Argentina, são consumidos milhões de
tranquilizantes por ano.
Cada vez que o corpo recebe um estímulo externo, ativam-se
dois hormônios: a adrenalina e o cortisol.
A adrenalina é o hormônio que proporciona energia e força; ao
correr pelo corpo, faz com que você se sinta imortal, como se pudesse
conseguir tudo que quiser. Essa energia acelera, eleva o nível de excitaw
O homem é mesmo peculiar:
não pede para nascer, não sabe viver,
não quer morrer.
Provérbio chinês
w
C a p í t u l o 1 17
ção, desejo e entusiasmo assim como aguça a visão. Quando uma pessoa
guarda para si meses de ira, rancor, quando suporta maus-tratos durante
anos e suas feridas se acumulam, a adrenalina é ativada em doses grandes
e frequentes, atuando como um veneno.
O cortisol é um hormônio bom, porém, ao aumentar de forma
excessiva o nível de açúcar no sangue, pode levar ao aumento de peso e
à perda de cálcio, magnésio e potássio nos ossos.
As pessoas que ao longo de
sua vida experimentaram muitas
pressões podem acabar se viciando
em adrenalina, que será produzida
naturalmente no corpo delas.
Identificam-se com a violência,
precisam sentir pressão e, em geral, praticam esportes de risco e sempre
estão buscando briga.
Isso explica como alguém, que por muitos anos teve conflitos
com seu parceiro, um pai violento ou uma mãe depressiva, nunca consiga
relaxar por completo e procure permanentemente um motivo de
discussão: porque seu corpo pede adrenalina.
Todos reagimos aos estímulos de maneira diferente e o que acontecer
em sua vida dependerá de como você interpretar cada um deles.
Algumas pessoas se estressam frente a determinadas tarefas enquanto
outras, na mesma situação, não se comportam da mesma maneira, pois,
apesar de ser o mesmo estímulo, a percepção é diferente.
4. Pequenas atitudes o levarão a grandes mudanças
Deixar a toxicidade da ansiedade está totalmente ao seu alcance.
Cada uma das pequenas atitudes o levará a realizar grandes mudanças
que não são grandes em si mesmas, mas praticadas por certo tempo,
ficarão enraizadas em seus costumes.
Algumas estratégias e formas práticas para reduzir o estresse e
ficar livre de toda ansiedade:
w
Não conte os dias, faça com
que os dias contem.
Muhammad Ali
w
18 A ans iedade tóx ica
• Comece detectando quais são as fontes da sua ansiedade.
• Pense agora em todas as coisas que tiram sua paz e tome a
decisão de abandoná-las hoje mesmo.
• Adote pautas que permitam desfrutar a vida com plenitude
e calma.
• Faça todo o possível para reduzir ou eliminar por completo
todas aquelas coisas que o deixam ansioso.
• Desenvolva novos hábitos que, pelo contrário, o ajudem a sentir
paz de espírito, alma e corpo.
• Não leia notícias ruins o dia inteiro. Todos gostamos de estar
bem informados, porém, ler sobre
tragédias no jornal ou ouvir o
tempo todo o mesmo telejornal faz
com que sua ansiedade aumente;
será muito mais proveitoso dedicar-
se a um bom livro.
• Encha sua vida de infomação útil, de dados que o enriqueçam.
• Aprenda algo novo todos os dias.
• Cuide da saúde de seu corpo.
• Procure dormir bem e comer apenas alimentos saudáveis.
• Inclua uma rotina de atividade física três a quatro vezes por
semana. Está comprovado que o exercício reduz os níveis de
estresse. Seu corpo o acompanhará pelo resto de sua vida.
É a sua carta de apresentação ao mundo e é tão importante
quanto sua alma e seu espírito. Ame-o, cuide e fale bem dele.
• Distancie-se da gente tóxica, o que não significa se isolar,
mas colocar limites saudáveis. Há pessoas negativas que só
gostam de falar dos problemas próprios e alheios. Elas não
contribuem com nada significativo em sua vida. Se depender
de você, não permita que suas palavras e ações tenham
espaço em sua mente e muito menos que determinem seu
estado de ânimo.
w
Você sabia que a paz começa
com um sorriso?
Madre Teresa de Calcutá
w
C a p í t u l o 1 19
• Aproxime-se de pessoas com mentalidade positiva. As pessoas
de sucesso, que pensam, falam e agem de forma positiva,
transmitem paz, entusiasmo,
alegria. Todo mundo
gosta de ficar rodeado de
pessoas assim. Procure-as,
observe-as, aprenda com
elas, compartilhe momentos.
Deixe que sejam suas
mentoras. É esse tipo de gente que acrescenta valor em sua
vida.
• Procure uma pessoa que precise de ajuda. Ajudar alguém desinteressadamente
e ocupar-se do outro manterá sua mente
longe de problemas e preocupações.
• Mude seu foco.
• Encontre uma pessoa de confiança. É importante que possa
falar de como se sente com alguém que inspire confiança.
Isso é tão simples! Falar do que acontece conosco é uma das
melhores maneiras de controlar a ansiedade.
• Crie o hábito de falar de forma positiva. Não basta só falar, é
fundamental aprender a fazer isso de forma positiva.
• Considere muito bem suas palavras antes de falar. As palavras
são ferramentas que têm o poder de construir ou destruir
seu futuro.
• Mantenha um registro escrito. Escreva todos os dias as três ou
quatro coisas pelas quais estiver agradecido. Concentrar-se nas
coisas positivas também
afastará de sua mente os
pensamentos negativos que
levam às emoções negativas
e a agir dessa forma.
w
Antes de iniciar o trabalho de mudar
o mundo, dê três voltas por
sua própria casa.
Provérbio chinês
w
w
Quem tem paz em sua consciência,
tem tudo.
Dom Bosco
w
20 A ans iedade tóx ica
• Ria um pouquinho todos os dias. O riso faz com que qualquer
carga seja mais leve, e está comprovado cientificamente
que produz grandes benefícios no cérebro e no corpo.
• Desenvolva sua fé. O oposto do temor é a fé. Se não o fez até
agora, comece a acreditar que as coisas vão melhorar e que
tudo que fizer vai dar certo. Se tiver expectativa de coisas
boas, cedo ou tarde elas virão.
• Espere sempre o melhor. Não se conforme com a mediocridade.
Você foi criado para a excelência.
• Faça algo novo regularmente. Ainda que fique com medo,
atreva-se a fazer coisas novas. A coragem não é a ausência do
temor, mas a capacidade de agir apesar do temor.
• Visualize-se como uma pessoa de sucesso. Antes que algo
aconteça em sua vida, primeiro você deve ver com os olhos
da mente. Você recebeu a imaginação
para se visualizar como o homem
ou a mulher que aspira a ser.
Alguém de sucesso, seguro de si,
otimista, positivo, feliz. Uma pessoa
que desfruta a vida ao máximo e
sabe como relaxar.
5. Tudo começa em seu interior
Tudo começa dentro de você. Se você estiver em paz consigo
e com os outros, nada o tirará do lugar. O rei Davi fazia referência às
pessoas que encontram a paz e dizia: “É como árvore plantada à beira de
águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham.”
Esse tipo de árvore possui um tronco forte que simboliza a autoestima.
Viver ao lado das águas significa que, se tiver paz interior, beberá o
melhor da vida e os extensos ramos significam saúde nas relações interpessoais.
É necessário ir em busca da paz, trabalhar para consegui-la e
mantê-la decididamente, aconteça o que acontecer ao seu redor.
w
Estar em paz com você mesmo
é o meio mais seguro de começar
a estar em paz com os outros.
Frei Luis de León
w
C a p í t u l o 1 21
Conta a fábula de Esopo que um rato que vivia na cidade ia um dia por
um caminho quando foi convidado por outro rato que vivia no campo a comer
em sua casa. Lá, ele serviu nozes, favas
e cevada. O rato da cidade, muito agradecido,
pediu ao rato do campo que fosse
com ele para a cidade para se divertir,
convite que aquele aceitou com gosto.
Chegaram à cidade, entraram
em uma rica despensa do palácio onde morava o rato da cidade. Estava repleto
de todo tipo de manjares. Mostrando tudo isso, o rato da cidade disse ao outro:
“Coma, amigo, coma o que quiser, pois tenho em abundância.” Enquanto
comiam alegremente, apareceu o despenseiro e abriu a porta com um grande
estrondo. Os ratos, espantados, fugiram cada um para o seu seu lado. Como o rato
da cidade tinha lugares conhecidos para se esconder, rapidamente ficou a salvo,
enquanto que o outro quase foi pego.
Finalmente, o despenseiro foi embora, a porta se fechou e os ratos saíram
novamente.
— Venha para cá e vamos continuar a comer — disse o rato da cidade.
— Já viu quantos manjares temos à disposição?
— Sim, muito bom tudo isso — respondeu o camponês. — Mas, esse
perigo aqui é muito frequente?
— Sim — respondeu o outro —, isso acontece a cada instante e, portanto,
não devemos prestar atenção.
— Oh! — disse o rato do campo. — Então isso acontece diariamente!
Certamente você vive aqui na opulência,
porém prefiro muito mais minha pobreza
com tranquilidade que sua abundância
com tal agitação.
Você nasceu para ser livre,
não seja escravo de nada nem de
ninguém. Não permita que a ansiedade encha sua vida. Concentre-se
nas coisas importantes, que são aquelas que multiplicam sua energia; as
secundárias a roubam.
w
Não há caminho para a paz,
porque a paz é o caminho.
Mahatma Gandhi
w
w
A paz nunca é cara, não importa
o quanto custar.
Provérbio popular
w
22 A ans iedade tóx ica
A felicidade é sua herança
e seu legado. Ninguém pode tirar
isso de você. Não a roube de si tendo
emoções tóxicas. Dê a si mesmo
a permissão para ser feliz. Celebre
a sua vida. Você pode se livrar da
ansiedade!
w
Quem não está preso à necessidade,
está preso ao medo: alguns não dormem
pela ansiedade de ter as coisas que não
têm, e outros não dormem pelo pânico
de perder as coisas que têm.
Eduardo Galeano
w




PENSAMENTOS AVULSOS

As mais votadas no diHITT